O mito de que a gordura saturada é prejudicial está ruindo à medida que novos livros e estudos sobre o assunto são publicados.
Novas pesquisas levantam dúvidas sobre a crença antiga e falsa de que doenças cardiovasculares estão relacionadas à ingestão de gordura e colesterol.
As gorduras saturadas têm sido um alimento saudável na dieta humana por milhares de anos. Porém na década de 60, as gorduras de origem animal passaram a ser demonizadas pela medicina, o que levou a um consumo excessivo de carboidratos refinados, o que provocou ao longo dos anos, mais obesidade, mais diabetes, inflamações crônicas silenciosas e doenças cardiovasculares.
O mito do colesterol vem sendo questionado por um número cada vez maior de estudos científicos de boa qualidade, que tornam cada vez mais difícil manter o colesterol na categoria de vilão. Abaixo temos 3 estudos que foram e feitos entre 2012 e 2014, que nos levam a questionar o verdadeiro papel do colesterol nas doenças cardiovasculares.
Há mais de 50 anos, a gordura foi identificada erroneamente como a culpada pelas doenças cardiovasculares, sendo que o verdadeiro culpado sempre havia sido o açúcar.
Isso foi reconhecido antes da sua morte, por Ancel Benjamin Keys, que foi o fisiologista americano que criou a teoria que associou o consumo de gorduras e doenças cardiovasculares.
Uma dieta rica em carboidratos refinados aumenta o risco de doença cardíaca, pois causa a síndrome metabólica.
Pessoas que desenvolvem a síndrome metabólica, apresentam obesidade (principalmente com aumento de gordura abdominal), hipertensão e elevação do colesterol, triglicérides, insulina, e da glicemia. Também frequentemente apresentam esteatose hepática.
A resistência à insulina e à leptina é causada por fatores ligados ao nosso estilo de vida, dietas ricas em carboidratos processados, açúcar, frutose e farinhas refinadas.
Para piorar a situação, a falta de exercícios, o stress crônico, a falta de sono de boa qualidade, a exposição a toxinas ambientais e a disbiose intestinal podem agravar este quadro.
Cerca de 800.000 pessoas morrem anualmente nos USA, devido a doenças cardiovasculares. No Brasil acredita-se que o panorama seja muito parecido em termos de prevalência na população.
Um quarto dessas mortes poderiam ser prevenidas através de mudanças simples no estilo de vida tais como, mudança de hábitos alimentares, exercícios físicos, manter um peso saudável e otimizar os níveis de insulina e leptina.
Ao reduzir o colesterol, podemos de fato estar aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Nosso corpo precisa de níveis adequados de colesterol para realizar uma série de funções, e há fortes evidências de que as pessoas possam ter seu risco de doenças cardíacas aumentado, quando o colesterol cai a níveis muito baixos, como pode acontecer com o uso indiscriminado de estatinas.
O colesterol tem funções importantes como a construção das membranas celulares, produção de vitamina D e hormônios esteroidais, melhora do sistema imune e da saúde intestinal.
Ter muito pouco colesterol pode ter um impacto negativo na saúde cerebral, nos níveis hormonais, no risco de doenças cardíacas e doenças neurodegenerativas com Alzheimer por exemplo.
Nosso corpo precisa de gorduras saturadas para funcionar de maneira adequada. Uma maneira de entender isso é considerar quais alimentos os humanos consumiram durante sua evolução.
Muitos especialistas acreditam que desde o período Paleolítico, nós evoluímos como caçadores-coletores, comendo muita gordura saturada.
Sugerir que as gorduras saturadas, de uma hora para outra, passaram a ser nocivas para nós não faz sentido, especialmente a partir de uma perspectiva evolutiva.
O Departamento de Agricultura dos USA, desde 2010, recomenda a redução da ingestão de gordura saturada para 10 % ou menos do consumo total de calorias.
Isso é preocupante, pois é praticamente o oposto do que a maioria das pessoas precisa para uma saúde ideal.
Pesquisas científicas recentes sugerem que as gorduras saudáveis (gorduras saturadas e insaturadas provenientes de alimentos integrais, e fontes animais e vegetais) devem abranger entre 50 e 85% da sua ingestão total de energia.
Gorduras saturadas oferecem diversos benefícios importantes para a saúde, incluindo os seguintes:
A seguir, estão os melhores indicadores para o risco de doenças cardiovasculares.
Estes marcadores bioquímicos também são muito úteis para prever o risco de demência, visto que ainda não dispomos de marcadores específicos para este quadro.
Se estiver abaixo de 10%, esse é um indicador significativo de risco de doença cardíaca.
Hoje sabemos que existem 11 subtipos de LDL colesterol, e que os 2 subtipos menores e mais pesados, é que são os verdadeiros responsáveis pelas doenças ligadas ao excesso de colesterol.
As partículas pequenas e densas de LDL ficam presas facilmente no endotélio vascular, causando mais inflamação, e levando à formação da placa ateromatosa.
Se o nível de insulina estiver acima de 5 microU/mL , a maneira mais eficiente de otimizar esse valor é reduzir, é através de uma alimentação de baixo índice glicêmico, o que pode ser feito adotando uma dieta Low carb ou Cetogênica.
Pessoas com glicose sanguínea em jejum de 100-125 mg/dl têm quase três vezes mais risco de desenvolver doenças das artérias coronárias comparado com pessoas onde a glucose no sangue fica abaixo de 79 mg/dL.
A forma mais fácil de avaliar o seu risco aqui, é simplesmente medir a proporção entre sua cintura e seu quadril.
Esta medida deve ficar abaixo de 80 cm para mulheres e 94 cm para homens.
O ideal é medir o nível de ferritina no sangue e que os valores fiquem entre 50 e 150 ng/mL e 100 e 250 ng/mL para homens.
Abaixo segue algumas dicas para uma alimentação para o coração”, que minimiza inflamações, reduz a resistência à insulina, e te ajuda a reduzir seu risco de doenças cardiovasculares.
Outras estratégias que podem ser muito úteis para reduzir a inflamação crônica, e portanto reduzir o seu risco cardiovascular:
Fármacos à base de estatinas podem até acelerar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Um estudo de 2012, demonstrou que o uso de estatinas está associado com uma prevalência 52% maior de placas coronárias calcificadas em comparação com pessoas que não a utilizam.
E a calcificação arterial coronariana é a marca registrada de doenças cardíacas potencialmente letais. Antidepressivos também foram associados às doenças do coração.
**Nota: Não recomendo que se deixe de usar as estatinas. Embora não concorde com o generalizado desta classe de fármacos, sei que em uma parte dos pacientes com níveis elevados de colesterol, este tipo de medicação tem sim, que ser usado.
**Apenas a especialidade de Homeopatia é atendida através da Unimed, nas demais áreas, os atendimentos são apenas particulares.
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