A tireoide, essa glândula em forma de asa de borboleta que fica na parte anterior do pescoço, influencia praticamente todas as células do organismo, entenda porque os tratamentos de hipotireoidismo podem falhar em alguns casos.
Os dados mostram que cerca de 60% das pessoas com disfunção tireoidiana não sabem que estão nesta condição.
Disfunções da tireoide podem estar associados a quadros de fibromialgia, síndrome do intestino irritável, eczema, gengivite e distúrbios autoimunes, por exemplo
As mulheres são muito mais susceptíveis ao mau funcionamento da tireoide do que os homens, algo como 9 mulheres para cada 1 homem afetados por hipotireoidismo.
A glândula tireoide secreta quatro hormônios: T1, T2, T3 e T4. O número indica o número de moléculas de iodeto ligadas ao hormônio.
Os hormônios tireoidianos interagem com outros hormônios, tais como insulina, cortisol e hormônios sexuais.
Embora não seja minha área, gostaria de fazer alguns comentários acerca do câncer de tireoide.
Sem dúvida a detecção precoce dos canceres em geral, sem dúvida melhora muito o prognóstico e a qualidade de vida de quem apresenta este quadro.
Mas no caso do câncer de tireoide, as cosas parecem não funcionar desta forma. Boa parte dos cânceres de tireoide evoluem muito lentamente, e a glândula poderia ser preservada, evitando-se assim procedimentos mais radicais.
Claro que em alguns casos, é necessário sim um procedimento mais agressivo.
Porém em muitos casos, o rastreamento do câncer de tireoide produzirá um resultado falso positivo, encontrando cânceres que jamais cresceriam na forma de tumores ameaçadores à vida.
No entanto, uma vez descoberto, a maioria dos médicos sente-se na obrigação de recomendar tratamento que geralmente inclui remoção da glândula tireoide, o que pode produzir efeitos colaterais significantes.
O número de pessoas diagnosticadas com hipotireoidismo, nos Estados Unidos aumentou tanto que a Levotiroxina (T4) é o medicamento mais prescrito, ultrapassando as estatinas em 2015.
Foi feito um estudo na Europa no qual os pesquisadores compararam os resultados da administração de T4 com os exames laboratoriais para medir função tireoidiana, justamente para avaliar a eficácia deste tratamento.
Os médicos geralmente solicitam um teste de TSH, prescrevendo medicamentos quando os níveis estão levemente elevados, mesmo que o paciente não reclame de sintomas significantes.
Mas o que mais acontece é o contrário, pacientes com sintomatologia exuberante de hipotireoidismo, com exames dentro da normalidade, ficam sem tratamento adequado, até que os exames se alterem. Infelizmente a maioria dos médicos desconhece o hipotireoidismo subclínico, no qual os exames estão normais.
A medida que envelhecemos, o hipotálamo, a hipófise e a tireoide também envelhecem, logo é esperado que o envelhecimento produza um certo grau de hipotireoidismo em quase todos nós.
Existem muitos fatores externos e internos que também podem diminuir a ação dos hormônios da tireoide.
Embora existam controvérsias, acredito que grande parte da população do planeta apresenta alguma deficiência de iodo. A iodetação do sal de cozinha serve apenas para evitar o aparecimento do bócio, mas não consegue suprir nossas necessidades de iodo e iodeto.
A propósito, tireoide absorve iodo na forma de iodeto, porém outros órgãos como as mamas, a pele, a próstata, ovários, esôfago necessitam de iodo.
Porém a presença de iodo na nossa dieta, não é suficiente para o bom funcionamento da tireoide, pois os minerais como cloro, flúor e bromo são “concorrentes” do iodo.
O T4 é formado de 2 moléculas de tirosina e 4 átomos de iodo, em tese.
Com a excessiva presença de cloro e flúor na água e em outros produtos, e do bromo, no pão e também como retardante de chamas nos carpetes e nos carros. Podemos ter uma molécula de T4 composta pelas tirosinas, mas sem iodos, apenas com bromo, cloro e flúor. O que implica em ter um T4, não funcional, porém isso não pode ser detectado pelos exames disponíveis atualmente.
Alguns sintomas de hipotireoidismo são:
Existem diversas estratégias naturais que podem ajudar a regularizar o funcionamento tireoidiano.
Na Medicina Ortomolecular podemos utilizar procedimentos que vão desde a destoxificação das substâncias que podem estar impedindo o transporte e a ação dos hormônios tireoidianos, a suplementação de iodo, zinco, selênio, tirosina, por exemplo que irão ajudar na síntese T4 e T3.
Também podemos tratar os sintomas resultantes do hipotireoidismo com a Acupuntura e com a Fitoterapia.
Veja mais no meu livro “Emagrecer, Porque Só Fechar a Boca não Resolve”
**Apenas a especialidade de Homeopatia é atendida através da Unimed, nas demais áreas, os atendimentos são apenas particulares.
CRM: 43711
Acupuntura RQE: 69859
Homeopatia RQE: 69860
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