Os principais Sintomas de Ovários Policísticos são, falta ou a escassez de ovulação, acne, hirsutismo, infertilidade, queda de cabelo e ganho de peso.
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) costuma ser diagnostica em mulheres entre os 20 e 30 anos de idade. Segundo estudos, a SOP pode acometer de 7 a 20% das mulheres ao redor do planeta.
A principal característica da SOP é ausência de ovulação, ou irregularidades menstruais, que anatomicamente manifestam-se com aumento do volume dos ovários e formação vários microcistos na sua superfície.
O ciclo menstrual natural é lunar, isto é, deve ter 28 dias.
A descida da menstruação é considerada o dia 1 do ciclo menstrual.
A primeira metade do ciclo é chamada de fase folicular, e é comandada por um hormônio produzido pela Hipófise, chamado FSH (Hormônio Folículo Estimulante).
Sob a ação do FSH os folículos ovarianos começam a crescer e se desenvolver, e a produzir estrogênio.
Conforme aumenta o nível de estrogênio, um dos vários folículos estimulados se desenvolve mais rápido, e se torna dominante, enquanto os outros param de crescer e regridem.
O folículo que cresceu, vai liberar o óvulo, no momento da ovulação. O pico de estradiol ocorre um dia antes da ovulação.
Quando acontece o pico de estradiol, a hipófise começa a liberar outro hormônio, o LH (Hormônio Luteinizante), que vai estimular a produção de progesterona, que é o hormônio que irá preparar o útero para receber o óvulo, caso ele seja fecundado.
Caso não ocorra a fecundação, os níveis de progesterona caem, e acontece a menstruação.
Nas mulheres com SOP, os folículos que surgem devido à ação do FSH são incapazes de crescer até um tamanho que produza a ovulação, não havendo desenvolvimento de um folículo dominante.
Sem o folículo dominante, não ocorre ovulação nem estímulo para os folículos restantes regredirem.
O acúmulo progressivo destes folículos na superfície dos ovários, é que dá o aspecto policístico.
A falta de ovulação e a presença frequente de folículos desregula toda a produção de FSH, LH, Estradiol e Progesterona.
A mulher com ovário policístico pode não ovular por vários ciclos, o que é facilmente perceptível pela natureza irregular das suas menstruações.
A falta crônica de ovulação, ou a escassez dela é o principal sinal desta síndrome.
Outros sintomas podem ajudar a detectar essa doença como:
Parece existir um fator hereditário na SOP, isto é, mulheres com mães ou irmãs com SOP, têm mais chance de desenvolver o quadro, porém, não se conhecem genes associados à SOP.
As outras causas pela ordem de ocorrência são:
Vamos entender agora cada um destes tipos de SOP.
É o tipo de SOP e o mais comum. Níveis elevados de insulina e leptina impedem a ovulação e estimulam os ovários a produzir testosterona.
A resistência à insulina é causada pelos carboidratos, por gorduras trans e toxinas ambientais.
O aumento da leptina, com posterior resistência à ação dela, costuma preceder a resistência insulínica em alguns anos.
Neste tipo de SOP, temos insulina de jejum elevada, ou um teste anormal de tolerância à glicose.
Podemos ter também elevação de LH (Hormônio Luteinizante).
Via de regra estas mulheres apresentam sobrepeso, mas podem estar com peso normal também.
A conduta básica, é reduzir a resistência à insulina
A melhora da SOP por resistência à insulina é lenta e gradual, num período de 6 a 12 meses.
A pílula suprime a ovulação, e para a maioria das mulheres isto é um efeito temporário, e geralmente a ovulação retorna após o fim do uso do anticoncepcional.
Porém para algumas mulheres, a supressão da ovulação pode persistir por meses ou mesmo anos.
Durante esse tempo, não é incomum receber o diagnóstico de SOP.
Este tipo de SOP, não é consenso entre os médicos, e alguns especialistas chegam a negar existência da SOP induzida pela pílula anticoncepcional.
Porém a clínica mostra que a SOP por anticoncepcionais ocorre, e sua incidência perde apenas para a SOP por resistência à insulina.
Porém são necessárias mais pesquisas para esclarecer melhor como isso acontece.
Exames laboratoriais mostram LH elevado ou normal, e Prolactina normal ou alta.
Alguns fitoterápicos têm sido usados com algum sucesso nestes casos
O Vitex agnus-castus é um fitoterápico, que atua no eixo hipotálamo-hipofisário, seu uso deve seguir estes critérios:
Se estes fitoterápicos forem adequados, eles devem funcionar num período de 3 a 4 meses.
Este tipo de SOP é menos comum do que os dois anteriores está associado à inflamação crônica silenciosa e/ou processos autoimunes.
A inflamação crônica silenciosa e os processos autoimunes iniciam-se com o aumento da permeabilidade intestinal, causada por glúten, laticínios, toxinas ambientais e stress, por exemplo.
Este processo inflamatório pode impedir a ovulação, interferir nos receptores hormonais, e estimular a produção de hormônios androgênicos como o DHEA e a androstenediona, levando a SOP.
Nestes casos, poderão ocorrer sintomas de disfunção imune, tais como infecções recorrentes, dores de cabeça, dores articulares ou problemas de pele.
Os exames de sangue podem mostrar marcadores inflamatórios como a Proteína C Reativa elevada e uma deficiência de vitamina D.
Podemos ter também, aumento dos anticorpos antitireoide e/ou anticorpos para o glúten.
Neste tipo de SOP, a melhora é lenta e gradual num período de 6 a 12 meses
Quando a SOP não se encaixa nos tipos acima, devemos investigar outros fatores que podem estar impedindo a ovulação, entre eles estão:
Em grande parte dos casos, a SOP não é uma condição permanente, e com o diagnóstico e tratamento corretos pode ser revertida.
Esta divisão resumida da SOP em 4 tipos, é meramente didática, na prática mais de uma os ovários policísticos podem ter mais de uma causa.
Por exemplo, inflamação crônica silenciosa, resistência à insulina e deficiência de iodo podem estar causando uma SOP.
A ideia deste pequeno texto é ajudar a sistematizar o entendimento da SOP e suas possíveis causas.
NÃO RECOMENDO o uso de nenhum dos fitoterápicos citados acima, sem a orientação e acompanhamento, procure sempre um profissional da saúde.
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