Muitas pessoas fazem uso de adoçantes, porém poucos sabem que eles podem elevar os níveis de glicose e insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas e que está correlacionado com a obesidade.
Na batalha constante para perder ou manter alguns centímetros, nós optamos por refrigerantes diet.
Mas dois estudos, elaborados por epidemiologistas da Faculdade de Medicina da Universidade do Centro de Ciência da Saúde do Texas Santo Antônio, EUA, mostram como o consumo de refrigerantes diet está associado com o aumento da circunferência de cintura em humanos.
Os adoçantes produzidos com aspartame aumentam o nível de glicose no sangue de ratos com predisposição para diabetes.
Os estudos apresentados nas Sessões Científicas da Associação Americana de Diabetes em San Diego nos Estados Unidos sugerem que a opção por estes produtos poderia ser um comportamento autodestrutivo.
Segundo Helen P. Hazuda, professora e chefe da Divisão de Epidemiologia Clínica da referida faculdade, “estes produtos podem ser livres de calorias, mas não de consequências”.
O estudo longitudinal acompanhou 474 indivíduos idosos durante cerca de 10 anos para avaliar a relação entre consumo de refrigerante diet e alteração a longo prazo na circunferência da cintura.
Os pesquisadores compararam as mudanças na circunferência da cintura em usuários e não usuários de refrigerante diet, levando em conta a condição de diabetes, nível de atividade física no tempo de lazer, bairro de residência, idade e condição de fumante, sexo, etnia e anos de educação escolar.
Os usuários de refrigerante diet, como um grupo, experimentaram aumentos maiores de 70 por cento na circunferência de cintura em comparação com os não usuários.
A porcentagem cresceu consideravelmente para 500% em usuários frequentes, que consumiam dois ou mais refrigerantes diet por dia.
A gordura abdominal é um importante fator de risco para diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e outras condições crônicas.
“Estes resultados sugerem que, em meio à orientação nacional para reduzir o consumo de bebidas adoçadas com açúcar natural, as políticas que promovam o consumo de refrigerantes diet podem ter efeitos deletérios involuntários”, escreveram os autores.
Outro trabalho com ratos, realizado por outra equipe da mesma faculdade, estudou a relação entre administração oral de aspartame, glicose em jejum e níveis de insulina em 40 ratinhos com predisposição para diabetes.
O aspartame é um açúcar artificial largamente utilizado em refrigerantes diet e outros produtos alimentícios.
Um grupo de ratos comeu ração com aspartame e óleo de milho; o outro grupo comeu ração apenas com o óleo de milho.
Depois de três meses com esta dieta rica em gordura, os ratos do grupo do aspartame mostraram níveis elevados de glicose em jejum, mas níveis de insulina iguais ou diminuídos, consistentes com o declínio prévio da função de células betas pancreáticas.
A diferença de níveis de insulina entre os grupos não foi estatisticamente significativa. As células betas produzem insulina, o hormônio que diminui o açúcar no sangue depois de uma refeição. O desequilíbrio na função destas células conduz à diabetes.
Gabriel Fernandes, autor sênior do estudo e professor de reumatologia e imunologia clínica, explica: “os resultados sugerem que a ingestão de aspartame poderia contribuir diretamente para o aumento de glicose no sangue potencialmente. Assim, contribui para a associação observada entre o consumo de refrigerante diet e o risco de diabetes em humanos”.
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