A frutose, também conhecida como Levulose é o açúcar presente nas frutas, acredito que isso não é novidade para ninguém.
O que poucos sabem é o impacto da frutose na obesidade/sobrepeso, fato que vem chamando a atenção de médicos e pesquisadores ultimamente.
Além das frutas a frutose pode ser obtida a partir da quebra do açúcar da cana (sacarose), que vai produzir uma glicose e uma levulose, ou a partir do xarope de milho rico em frutose, largamente utilizado pela indústria alimentícia.
É aí que mora o perigo!
Antes de continuar, quero deixar bem claro que nenhuma pessoa que queira emagrecer deve deixar de consumir frutas!
Nas frutas a frutose está presente junto com minerais, vitaminas e fibras, e o seu consumo adequado é muito saudável.
Portanto elas podem e devem ser consumidas durante o processo de emagrecimento, mas determinando-se a quantidade e frequência de acordo com seus índices e carga glicêmicas.
O nosso grande problema com a levulose está na sua utilização pela indústria alimentícia.
Como o HFCS tem sabor muito doce (cerca de 70% mais doce do que a sacarose) e seu custo de produção é muito mais baixo, as alimentícias vem aumentando cada vez mais seu uso em detrimento da sacarose.
Só para termos uma ideia, há poucos anos atrás nosso consumo diário de levulose era em torno de 20 gramas por dia, basicamente provindo das frutas. Atualmente está consumo está perto de 100 gramas por dia!
A frutose é transformada em glicose no fígado por uma enzima chamada frutoquinase.
A glicose gerada desta forma só poderá ser usada pelo próprio fígado para gerar energia, ser convertida me glicogênio hepático ou transformada em triglicérides (gordura).
Quando os estoques de glicogênio hepáticos estiverem repletos estes ácidos graxos (triglicerídeos) poderão se depositar no próprio fígado, causando a esteatose hepática ou ir para circulação sanguínea e se depositar no tecido gorduroso causando ganho de peso. Então, frutose em excesso pode sim engordar!
Este caminho metabólico é muito diferente do que acontece com o outro açúcar, a glicose, que pode ser utilizado em quase qualquer parte do corpo.
Um estudo recente demonstrou que a levulose pode gerar alterações no cérebro que nos levam a comer em excesso.
O estudo mostrou que ingestão excessiva de frutose pode levar a uma redução da leptina, hormônio que produz saciedade.
Isso ocorre porque a levulose consegue chegar até o hipotálamo (onde estão os centros da fome e da saciedade), produzindo alterações nos seus receptores de leptina.
Outra alteração importantíssima provocada pela frutose (quando em excesso) é a disbiose intestinal, que também é agravada pelo consumo excessivo de carboidratos refinados entre outros.
A disbiose intestinal sabemos hoje, está associada a um grande número de patologias como alergias, asma, otites e amigdalites de repetição, rinite, bronquite, autismo, TDAH, candidíase entre várias outras.
Por fim, a ideia de escrever este artigo foi para alertar para os riscos que corremos quando consumimos produtos alimentícios industrializados, que atualmente recebem grandes quantidades de xarope de milho rico em frutose.
Novamente friso que a levulose presente nas frutas não causa estas alterações, portanto podemos e devemos utilizar as frutas na nossa dieta!
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