Infarto e AVC são doenças que se instalam ao longo dos anos, tendo como base a inflamação crônica silenciosa, que um dia, se manifestam agudamente.
As chances de uma pessoa ter um Infarto ou AVC aumentam medida que vão envelhecendo, pois as paredes dos vasos vão perdendo a complacência, isto é, vão endurecendo e ficando mais espessas.
Embora os eventos que causam a morte por doenças cardiovasculares, sejam em grande parte os infartos do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais (AVC), eles, na verdade são doenças crônicas, que vão se instalando ao longo dos anos.
Ao mesmo tempo em que ocorre este endurecimento, ao longo da parte interna dos vasos vão se formando placas, que se depositam em áreas onde ocorreram lesões.
Estas placas são sistematicamente atribuídas às moléculas de colesterol, mas a verdade não é exatamente assim.
As lesões do endotélio, que o revestimento interno dos vasos, surgem devido a uma inflamação clínica silenciosa vai ocorrendo ao longo dos anos, e estão associados a vários fatores, como:
Mesmo não sendo o culpado, quem leva a culpa é o colesterol.
Nosso corpo usa o colesterol o tempo todo para construir e reparar as membranas celulares, na formação da vitamina D e na produção de todos os hormônios esteroides (testosterona, estradiol, cortisol entre muitos outros).
Isto é, sem colesterol nosso corpo não funciona adequadamente. “O colesterol não é bandido, na verdade ele é mocinho”.
Embora a molécula de colesterol seja necessária e benéfica para nosso corpo, existem algumas delas, que em algumas situações podem ser lesivas, é o caso das LDLs.
Atualmente são conhecidos 11 subtipos de LDLs, que são classificadas de acordo com seu tamanho.
Porém apenas as 2 menores é podem, se oxidadas ou glicadas, produzir lesões na parede dos vasos. Já existem hoje, nos USA, exames que dosam especificamente os níveis destas LDL oxidadas.
Como podemos ver uma das funções do colesterol é construir e reparar as membranas celulares, inclusive as células endoteliais das paredes dos vasos.
Logo podemos entender que o colesterol presente nas placas ateromatosas, está ali para reparar e não para causar a lesão!
É importante dizer aqui, que dois tipos de LDLs, quando oxidadas ou peroxidadas, podem sim causar este tipo de lesão, mas é apenas um fator, mão é a causa de forma nenhuma!
Fosse o colesterol o grande vilão que se diz, como se explica o fato, de cerca de 75% de todas as vítimas de ataques cardíacos terem níveis normais ou baixos de colesterol??
A reversão da inflamação clínica silenciosa, é um passo essencial para redução do risco cardiovascular.
Existe um marcador chamado proteína C reativa (PCR), que reflete o grau de inflamação clínica silenciosa que nosso corpo apresenta.
Além da dosagem do colesterol total e suas frações, triglicerídeos e da PCR, existem outros marcadores de risco cardiovascular, tão ou mais importantes, como a homocisteína, o fibrinogênio, a lipoproteína A, que poderiam ser mais utilizados do que são atualmente.
Evitar açúcar em todas as suas formas.
A prevenção de doenças cardiovasculares passa necessariamente por mudança de hábito alimentar e estilo de vida, como abandonar o tabagismo e o sedentarismo.
Em termos alimentares, temos que buscar fazer uma dieta anti-inflamatória, pois como vimos, a inflamação clínica silenciosa está na raiz das doenças cardiovasculares.
Reduzir ou se possível, evitar o uso de açúcar e alimentos industrializados, pois a glicose e a frutose, por si já agridem o endotélio, quando em excesso, além de produzirem glicação das moléculas frações menores das LDLs.
O consumo excessivo de carboidratos produz também a elevação dos níveis de insulina, também tem ação pró-inflamatória.
Não é por acaso que o diabetes frequentemente está fortemente associado com as doenças cardiovasculares.
É certo que nem todos os carboidratos são igualmente nocivos para nossa saúde.
Quanto menos processados e mais integrais eles forem, desde que consumidos com moderação, menos problemas nos trarão.
Do meu ponto de vista, temos dois grandes vilões para nossa saúde, que estão presentes na maioria das mesas dos brasileiros: o trigo e HFCS (xarope de milho com alta concentração de frutose).
O trigo, não só aumenta o nível de açúcar sanguíneo, como também contribui para a glicação, que é a oxidação dos açúcares, causando o endurecimento dos vasos.
O HFCS está presente em um número muito grande de alimentos processados, até mesmo nos alimentos salgados! Ele é feito a partir do milho (transgênico, para piorar), e substituiu o açúcar, pois é muito mais doce e mais barato.
A consequência disso, como estamos vendo, é a epidemia de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
Resumindo, não há solução consistente para prevenção de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, que não passe por estas alterações do estilo de vida.
Tratamentos naturais ou medicamentosos, podem ser muito uteis, mas sozinhos não resolvem o problema.
A seguir orientações que podem ajudar na prevenção das doenças cardiovasculares
Embora o uso do alho para tratar hipertensão arterial e prevenir doenças cardiovasculares, tenha tido origem na cultura popular, assim como muitos fitoterápicos, existem vários estudos que comprovam, a ação do alho no sistema cardiovascular.
O alho melhora a saúde dos nossos vasos por caminhos diferentes:
O alho pode ser consumido cru, ou em forma de capsulas de óleo de alho. Porém, é importante ressaltar, que o alho não é bem digerido por uma parcela da população.
Isso ocorre porque estas pessoas não conseguem metabolizar adequadamente o alho.
Portanto, se você for utilizar o alho, e sentir que fica arrotando alho o dia todo, ou apresenta azia, provavelmente você não produz esta enzima.
Benfotiamina é um vitâmero da vitamina B1 (Tiamina). As vitaminas do complexo B, são todas hidrossolúveis, podem a Benfotiamina é lipossolúvel, e esta característica, aumenta enormemente sua eficácia.
Suas ações principais são:
Nas últimas décadas, estamos vivendo uma verdadeira “heliofobia” (medo de tomar sol).
Hoje, um médico recomendar que alguém vá tomas sol entre 10 e 14 horas, pode ser considerado uma heresia!
Basta lembrar que há algumas décadas atrás, existiam muito solários no Brasil, onde muitas doenças eram tratadas apenas com exposição ao sol!
Os raios UVB (que não ocorrem durante o dia todo) têm seu auge neste período, são muito benéficos, quando nos expomos a eles por pequenos períodos diariamente.
Bastam 10 a 15 minutos por dia, sem protetor solar.
É isso chamamos de exposição inteligente ao sol. Quando a pele começa a ficar rosada, está na hora de entrar para dentro de casa.
Esta curta exposição não irá envelhecer a sua pele e tão pouco causar câncer de pele, mesmo porque estas lesões são associadas aos raios UVA, e quase todos os protetores solares comerciais, só tem FPS, que protege apenas contra o UVB.
Quando nos expomos desta forma aos raios solares, além do aumento da produção de vitamina D pelo nosso corpo, aumentamos também a produção de óxido nítrico, que como já vimos, dilata nossos vasos, que é benéfico para prevenir doenças cardiovasculares.
Mais uma dica importante quanto ao tempo de exposição solar. Quanto mais clara for a pele, menos tempo é necessário se expor, para aumentar a produção de vitamina D e óxido nítrico. Peles morenas ou negras precisam um pouco mais de tempo. Em média de 10 a 15 minutos são suficientes. Se não consegue tomar sol todos os dias, tente toma-lo pelo menos 3 a 4 vezes por semana, seu corpo vai agradecer, pois existem muitos outros benefícios que decorrem da exposição inteligente ao sol.
**Apenas a especialidade de Homeopatia é atendida através da Unimed, nas demais áreas, os atendimentos são apenas particulares.
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