A medida que a nossa compreensão sobre a depressão aumenta, percebemos que suas causas vão muito além dos fatores meramente emocionais.
Sabemos que ao nível bioquímico, os diferentes tipos de depressão estão associados ao desequilíbrio na produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina no cérebro.
Mas os estudos nos mostram que, cerca de 80% da nossa serotonina é produzida no intestino, a partir do triptofano, um aminoácido, apenas 20% da serotonina é produzida no sistema nervoso central.
Isso significa que nossa saúde emocional depende muito da nossa saúde intestinal, da nossa microbiota intestinal, mais especificamente.
Alguns sinais de depressão são:
Estudos envolvendo o eixo cérebro-intestino, mostram o papel da microbiota intestinal e da permeabilidade intestinal no desenvolvimento das depressões.
A inflamação crônica assintomática, causa muitos problemas além da depressão, como inflamações gastrointestinais, doenças autoimunes, doença cardíaca, diabetes tipo 2 e câncer por exemplo.
Além da inflamação crônica silenciosa, e da disbiose (disfunção da microbiota intestinal), baixos níveis de vitamina D e vitaminas do complexo B, estão associados a depressão.
Embriologicamente, intestino e cérebro tem a mesma origem. Isso explica a importância do eixo cérebro-intestinal, para o nosso equilíbrio emocional e comportamental.
Literalmente podemos dizer que o intestino é o nosso segundo cérebro!
Por consequência, tudo que afetar nossa flora intestinal como agrotóxicos, pesticidas, antibióticos, anti-inflamatórios, anticoncepcionais, adoçantes artificiais, MSG (glutamato monossódico), por exemplo têm potencial para afetar o funcionamento do nosso sistema nervoso.
Por tudo que foi visto até aqui, podemos deduzir que a alimentação tem um importante papel no tratamento e prevenção da depressão.
Consumo excessivo de carboidratos, que é muito comum em pessoas deprimidas, pois aumentam a produção de serotonina, aumentam também a inflamação crônica silenciosa, que como já vimos é um dos fatores predisponentes da depressão.
Carboidratos em excesso também podem causar aumento da produção de glutamato no cérebro, causando agitação, explosões de raiva, ansiedade, pânico, irritabilidade, além da depressão é claro.
O açúcar em excesso suprime a atividade de um hormônio chamado BDNF (fator neurotrófico cerebral) que promove a saúde dos nossos neurônios.
Baixos níveis de vitamina D, aumentam significativamente as chances de desenvolver depressão. O ideal é mantermos níveis de vitamina D entre 50 e 70 ng/mL.
O ideal seria manter estes níveis apenas com a alimentação e exposição ao sol, mas poucos conseguem, então a saída é a suplementação da vitamina D.
Além disso, a suplementação da vitamina D ajuda a recuperar mais rapidamente os quadros de depressão.
Outra recomendação importantíssima nas depressões é o exercício físico, que além de estimular a produção de endorfinas, ajuda também a reduzir os níveis de insulina.
Também ajudam a reduzir os níveis de quinurenina, um metabólito do metabolismo do triptofano, que quando elevados, podem precipitar sintomas depressivos.
A causa bioquímica básica da depressão é o desequilíbrio de dois neurotransmissores, a Serotonina e a Dopamina.
A Medicina Ortomolecular pode fornecer os nutrientes necessários, tanto para a produção, quanto para a otimização da ação desses neurotransmissores.
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