A depressão pode estar associada à flora intestinal, pois é ela que produz 80% da nossa serotonina, que é um neurotransmissor que apresenta ação antidepressiva.
Há algum tempo, a medicina vem reconhecendo o papel que o intestino tem sobre o funcionamento de nosso cérebro.
Hoje sabemos que a depressão e flora intestinal estão inter-relacionadas. Não é por acaso, que o chamam o intestino de “segundo cérebro”.
Problemas como a depressão, por exemplo, podem não estar ligados apenas a um desequilíbrio dos neurotransmissores cerebrais, mas podem também estar associados ao desequilíbrio da microbiota intestinal.
A conexão intestino-cérebro é conhecida já há algum tempo pela medicina. Existem várias evidências do envolvimento gastrointestinal em diversas doenças neurológicas e psiquiátricas. O equilíbrio da flora intestinal pode exercer um papel importante em nossos aspectos psicológicos e comportamentais.
É interessante lembrar, que, cérebro e intestino a mesma origem embrionária. Durante o desenvolvimento fetal, uma parte se transforma no sistema nervoso central enquanto a outra se transforma no sistema nervoso entérico.
Tendo isso em mente, fica claro como é importante cuidar da nossa flora intestinal durante a vida toda.
Cérebro e intestino são conectados pelo nervo vago, que vai do tronco cerebral até o abdômen. Esta conexão explica, por exemplo o frio na barriga quando estamos nervosos.
E também porque a saúde intestinal pode ter influência na saúde mental e vice-versa.
Em decorrência do exposto acima, podemos deduzir a importância da alimentação para nossas emoções e nosso comportamento.
Estudos mostram que os índices de depressão vêm aumentando mais entre os jovens do entre os mais idosos.
Isso pode ter várias origens, mas dois fatos associados à microbiota intestinas se destacam:
O primeiro está ligado ao parto. Antigamente maioria dos partos eram normais, poucos requeriam uma cesariana, hoje este panorama mudou muito. O parto normal é via pela qual temos o nosso primeiro contato com os micro-organismos que irão colonizar nosso intestino e formar a nossa microbiota. A ausência destes micro-organismos, a falta do leite materno e o uso de antibióticos, afetam de modo profundo tanto a nossa imunidade, quanto o eixo intestino-cérebro. Pessoas mais velhas têm mais chance de terem nascido de parto normal, portanto, têm mais chances de terem uma flora intestinal mais saudável.
O outro fator que dificulta a formação de uma microbiota intestinal saudável, é o excesso de higiene, por incrível que pareça.
Nas últimas décadas, as crianças de países desenvolvidos, vêm sendo cada vez menos expostas aos micróbios, tanto fora quanto dentro do corpo, a sociedade moderna ficou muito limpa e pasteurizada.
Claro que isso tem seu lado bom, mas a outra face da moeda é a pobreza da nossa flora intestinal.
Quando retiramos todas essas bactérias dos nossos filhos, seu sistema imunológico fica mais fraco e não mais forte.
80% do nosso sistema imune está nos intestinos, pois é a principal via de entrada dos micro-organismo no nosso corpo.
Uma boa flora intestinal e uma permeabilidade intestinal adequada é extremamente importante para evitar que se instale em nosso corpo, um tipo de inflamação crônica assintomática, que está na raiz de quase todas as doenças crônico-degenerativas, como as doenças cardiovasculares, diabetes e a depressão.
A nossa microbiota pode ser reequilibrada pelo uso regular de alimentos fermentados como o Kefir e o Natto.
Porém, penso que a via mais prática é o uso de pró e prebióticos, pois na cultura ocidental, ainda são poucos os que se adaptam a consumir Nato e Kefir.
Associação dos problemas Intestinais com os distúrbios cerebrais
Problemas intestinais como intolerância ao glúten e a hiperpermeabilidade intestinal, estão associadas não apenas à depressão, mas também outras alterações cerebrais, como o autismo, por exemplo. Tanto os casos de autismo, quanto os de depressão tendem a melhorar com o uso de probióticos ou de alimentos fermentados.
Nosso corpo contém cerca de 10 trilhões de células e 100 trilhões de bactérias. Quando nossa microbiota está equilibrada, temos 90% de bons micro-organismos e 15% de maus.
Uma boa flora intestinal também é importante para:
Gases, cansaço, desejo doce, náuseas, cefaleia, constipação, diarreia, podem ser sinais de excesso de bactérias patogênicas no intestino.
A microbiota intestinal, não está isolada do nosso corpo, muito pelo contrário, ela é muito sensível ao nosso estilo de vida e dieta. Abaixo seguem alguns fatores que prejudicam nossa flora intestinal:
Como é praticamente impossível que evitemos todos estes fatores acima, é importante que regularmente façamos o uso de probióticos, para recompor nossa flora intestinal.
Pelo simples fato de que 80% do sistema imunológico esteja localizado no intestino, precisamos repovoá-lo com bactérias boas regularmente. E também pelo impacto que o intestino tem no nosso cérebro, devemos dedicar uma boa parte da nossa atenção para mantê-lo saudável.
Além de uma alimentação saudável, podemos ajudar nosso intestino, usando os alimentos fermentados já citados, e também fazer uma suplementação com pré e probióticos. Além de claro evitar antibióticos, metais tóxicos.
**Apenas a especialidade de Homeopatia é atendida através da Unimed, nas demais áreas, os atendimentos são apenas particulares.
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