A deficiência de Magnésio ocorre, pois o solo brasileiro é muito carente desse mineral, pois nosso país não tem vulcões, e portanto nossa água não contém muito magnésio.
Sua reposição através apenas da alimentação é difícil, pois teríamos que consumir grandes quantidades de vegetais.
O magnésio é um mineral extremamente importante para o nosso corpo. A maior parte dele está armazenada nos ossos e órgãos.
Como é um mineral intracelular, sua dosagem no sangue não consegue refletir com exatidão seus níveis reais. Saiba como a Falta de Magnésio afeta a nossa Saúde.
Sintomas como cansaço fácil, fraqueza muscular, arritmias cardíacas, câimbras e espasmos musculares, podem ser indicadores de falta de magnésio.
Pesquisas americanas dão conta de 80% dos americanos apresentam carência de magnésio. Acreditasse que no Brasil a situação seja semelhante, pois tanto o solo brasileiro quanto o americano são carentes em magnésio.
A dose recomendada de magnésio é de cerca de 400 mg/dia para homens e 300 mg/dia.
Porém estas são as doses mínimas para minimizar deficiências, doses mais altas são necessárias para manter nossa fisiologia otimizada. Estas doses maiores são calculadas levando-se em conta o peso do paciente.
Os músculos e o coração têm sido mais associados ao magnésio, mas estudos mostram que ele está presente em quase 4000 proteínas em nosso corpo.
Existem mais de 300 enzimas no nosso corpo, onde o magnésio participa como cofator.
Ele desempenha um papel importante nos processos de destoxificação do nosso organismo, ajudando a reduzir os danos causados por produtos químicos ambientais, metais pesados e outras toxinas.
O magnésio é necessário também para:
A carência de Magnésio está associada a inúmeras patologias, como se pode ver a seguir:
Além da importância do magnésio para os ossos, coração, músculos e muitas doenças crônicas, ele também é essencial para regulação do metabolismo da glicose, reduzindo a resistência insulínica, e desta forma podendo prevenir o desenvolvimento ou a evolução do diabetes.
Por conta desta ação do magnésio sobre a resistência insulínica, descobriu-se também, que ele pode, por reduzir esta resistência, diminuir a incidência de câncer de intestino.
Sabemos que, para saúde óssea o cálcio é extremamente importante, mas tão importante quando ele é o magnésio, pois estes minerais junto com as vitaminas D3, K2 e o colágeno são os principais constituintes do tecido ósseo.
Em função da carência e magnésio no nosso solo, é difícil conseguirmos quantidades suficientes deste mineral apenas pela dieta.
Herbicidas como o glifosato também atuam como quelantes, diminuindo a absorção e utilização de minerais pelo corpo.
Como resultado disso, é difícil encontrar alimentos realmente ricos em magnésio e outros minerais importantes.
Entre os alimentos que são boas fontes de magnésio estão: os vegetais de folhas escuras (espinafres, couve, acelga), as algas, o abacate, nozes, sementes de girassol, abóbora e gergelim por exemplo.
Existem alguns fatores que podem interferir na absorção do magnésio, além dos pesticidas e herbicidas:
Quem está consumindo qualquer um dos seguintes: magnésio, cálcio, vitamina D3 ou vitamina K2, precisa levar em consideração todos eles em conjunto, pois eles funcionam de forma sinérgica, isto é, um dá suporte ao outro.
Por exemplo, sabemos que a vitamina K2, mantém o cálcio onde ele deve ficar.
Caso se use suplemento de cálcio sem a vitamina K2, este cálcio em excesso poderá se acumular na parede dos vasos, causando a formação de placas ateromatosas, que poderão causar AVCs e obstrução das coronárias, por exemplo.
Outra situação seria o caso de se consumir vitamina D via oral, sem suplementar vitamina K2 e magnésio.
Consumir altas doses de vitamina D sem quantidades suficientes de vitamina K2 e magnésio pode levar a sintomas de toxicidade por vitamina D e deficiência de magnésio, levando à uma calcificação inadequada.
A suplementação de magnésio não deve ser feita de forma isolada, pois os níveis este mineral tem relação com os níveis do cálcio, é um desequilíbrio desta proporção, pode levar a casos de morte súbita por falência cardíaca.
Esta situação pode ocorrer, por exemplo quando se transpira muito, por atividade física ou sauna, onde se perde muito magnésio, e o coração para de bater.
Nestes casos, não é um enfarto do miocárdio, mas uma parada cardíaca, por excesso de cálcio e falta de magnésio, o coração contrai e não consegue relaxar, por falta de magnésio.
Este quadro não é comum, mas pode ocorrer mesmo em adultos jovens.
A falta de equilíbrio entre esses nutrientes é uma das razões pelas quais os suplementos de cálcio se tornaram associados a um aumento no risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.
Quando os níveis de vitamina K2 otimizados, ele consegue remover os excessos de cálcio que se acumula nos vasos e tecidos moles, e direciona-lo para os ossos, evitando assim osteoporose e doenças cardiovasculares.
Consumir altas doses de vitamina D, sem quantidades suficientes de K2 e magnésio pode levar a sintomas de deficiência de magnésio, que incluem a calcificação inadequada dos vasos, que pode levar a doenças cardiovasculares.
As mulheres têm sido aconselhadas a consumir suplementos à base de cálcio para evitar osteoporose.
Muitos alimentos foram fortificados com cálcio para evitar a deficiência de cálcio na população em geral. Apesar de tais medidas, a osteoporose continua ocorrendo.
Por muitas décadas acreditamos que precisaríamos de duas vezes mais cálcio do que magnésio.
A maioria dos suplementos reflete isso. Com esta recomendação, estamos em uma situação que as pessoas estão consumindo 1.200 a 1.500 miligramas de cálcio e alguns miligramas de magnésio.
A proporção 2:1 foi um erro; originado de uma tradução errônea do pesquisador Francês Jean Durlach, que disse: “Jamais supere duas partes de cálcio para uma parte de magnésio ao consumir alimentos, água ou suplementos combinados.”
Isto foi mal interpretado como se a proporção 2:1 fosse a proporção adequada, e não está correto. A proporção mais adequada de cálcio para magnésio é 1:1.
Podemos consumir quantidade suficiente de cálcio através das castanhas, sementes, verduras de cor verde-escura e produtos lácteos.
A agricultura moderna empobreceu a maior parte dos solos contendo minerais benéficos, tais como o magnésio.
Alimentos orgânicos cultivados biologicamente (cultivados em solo tratado com fertilizantes minerais), podem ainda conseguir boas quantidades de magnésio através do alimento.
A clorofila possui um átomo de magnésio em seu núcleo, permitindo que a planta use a energia do sol.
Algas marinhas e vegetais de folhas verdes, tais como espinafre e acelga, são excelentes fontes de magnésio, assim como feijões, castanhas e sementes, como as de abóbora, girassol e gergelim, por exemplo. Abacates também contêm magnésio.
Sucos verdes de vegetais orgânicos são uma boa forma natural de elevar os níveis de magnésio, porém a quantidade de magnésio varia de acordo com o solo em que foram plantados esses vegetais.
O uso de suplementos de magnésio, do meu ponto de vista, é a forma mais prática, pois a maior parte das pessoas não tem determinação suficiente para consumir o suco verde regularmente de forma diária.
Existem vários suplementos de magnésio disponíveis atualmente. Cada um deles apresenta quantidades diferentes de magnésio, e também absorção e biodisponibilidade diferentes.
A seguir apresento uma lista com alguns compostos de magnésio e suas indicações:
Magnésio glicina: é uma forma quelada de magnésio que fornece níveis os mais altos de absorção e biodisponibilidade e é tipicamente considerado ideal para aqueles que estão tentando corrigir uma deficiência deste mineral.
Cloreto de Magnésio: apesar de conter apenas 12% de magnésio, ele tem uma absorção melhor do que outros compostos, como o óxido de magnésio, que contém cinco vezes mais magnésio.
Carbonato de Magnésio: possui propriedades antiácidas, contém 45% de magnésio, porém apresenta baixa biodisponibilidade.
Sulfato de Magnésio e Hidróxido de Magnésio: (leite de magnésia) são tipicamente usados como laxantes.
Citrato de Magnésio: é o magnésio com ácido cítrico, que como a maioria dos suplementos de magnésio tem propriedades laxantes, é bem absorvido e de baixo custo.
Taurato de Magnésio: contém uma combinação de magnésio e taurina, que é um aminoácido. Juntos, eles tendem a proporcionar um efeito calmante.
Treonato de Magnésio: é o mais novo suplemento de magnésio Devido à sua capacidade de penetrar a membrana mitocondrial e também a barreira hematoencefálica, pode ser útil no tratamento e prevenção da demência senil, Alzheimer e na melhora da memória. Atualmente é um suplemento de magnésio ainda muito caro.
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