Nas últimas décadas médicos e pacientes, sempre têm ouvido falar que, são os níveis de colesterol determinam o risco cardiovascular.
Mas ao que tudo indica, este conceito está começando a ser questionado por número cada vez maior de pesquisadores.
Entenda seus exames, e veja as correlações entre Colesterol e Risco Cardiovascular.
Estudos nos mostram, que a redução do colesterol, não necessariamente nos torna mais saudáveis.
Baixos níveis de colesterol podem aumentar por incrível que pareça, o risco de morte por doenças cardiovasculares e câncer.
Colesterol muito baixo, está associado a perda de memória, diminuição da produção de hormônios esteroides, e consequente piora da atividade sexual, mas isso é apenas uma parte das consequências.
A molécula de colesterol é uma das moléculas mais abundantes em nosso corpo, nosso Criador não seria cruel ao ponto de nos fazer produzir em grande quantidade algo que nos fizesse tão mal!
Na verdade, o colesterol, nunca foi bandido, sempre foi mocinho, como veremos a seguir.
O colesterol que está correlacionado, mas não é a causa, das doenças cardiovasculares.
Na realidade, a oxidação de parte da fração LDL do colesterol, é que é a responsável pela lesão do endotélio, que é o revestimento internos dos vasos.
Esta oxidação, pode ser causada principalmente pelo excesso de radicais livres.
A ideia de que o colesterol nos faz mal está tão enraizada em nós, que ter níveis normais ou baixos de colesterol, passou a significar quase que uma garantia de saúde cardiovascular.
Mas isso não corresponde aos fatos. Estudos mostram que mais de 65% das pessoas infartadas apresentam colesterol total normal ou baixo!
Vamos entender alguns lípides que temos circulando em nosso corpo, e como eles estão relacionados com o nosso risco cardiovascular. Não é apenas o valor do colesterol total que vai determinar esse risco.
O HDL é conhecido como bom colesterol. Ele pega o colesterol circulante no sangue que não foi utilizado e leva de volta para o fígado.
Por esse motivo ele é considerado “bom” e protetor.
Hoje sabemos que existem 3 tipos de HDL (tipo 1, 2 e 3).
O tipo 2 é benéfico e o 3 parece não ser tão bom assim e o tipo 1 é neutro.
O LDL é o “mau” colesterol, mas só que não!
Existem 11 subtipos de LDL, que são classificados de acordo com seu tamanho.
As LDLs grandes e leves são em número de 9, e elas não causam nenhum tipo de problema cardiovascular.
Existem 2 LDLs pequenas e pesadas, que podem quando em níveis elevados, aumentar o risco cardiovascular.
Existem vários fatores alimentares que fazem com que as LDLs pequenas aumentem, como: uso excessivo açúcar refinado, frutas, refrigerantes, farináceos e carboidratos refinados em geral.
Além dos fatores alimentares, outras condições também podem elevar as LDLs menores, como: sedentarismo, ausência de sono reparador, disbiose intestinal, toxinas ambientais, resistência à insulina e à leptina, entre outros.
As apolipoproteínas são a parte proteica que compõem o HDL e LDL.
A Apo A-1 está ligada ao HDL, e é antiaterogênica, isto é, evita a formação de placas nas artérias.
A Apo B, ligada ao LDL, indica uma ação aterogênica aumentada.
Mas os valores absolutos de Apo A1 e Apo B, não é tão relevante quando o valor que resulta quando dividimos Apo B/Apo A-1.
Níveis elevados de triglicerídeos, são a meu ver, quando vistos de forma isolada, indicadores de risco cardiovascular, melhor do que o colesterol total.
Excesso de consumo de carboidratos refinados, como farinhas brancas e açúcares, levam ao aumento de triglicerídeos.
A Lipoproteína A é um marcador genético de predisposição a doenças cardiovasculares (infarto) e cerebrovasculares (AVCs).
A Lp(a) foi identificada em 1963 e é um tipo de lipoproteína que contém uma molécula de Apolipoproteina B100 (como todas as LDL), ligada à Apoproteina (a).
Ou seja, é um tipo de LDL, em que há adição de outra molécula, a Apo(a), que lhe confere diferentes características e funções.
Quando elevada, pode indicar uma predisposição à aterosclerose.
Como disse no início, o colesterol não é vilão, mas sim uma molécula extremamente importante para a nossa vida.
Para avaliação do risco cardiovascular, existem algumas proporções que são muito mais confiáveis do que apenas o valor absoluto dos marcadores.
Estes valores podem variar um pouco, mas são os os mais utilizados no dia a dia.
Marcadores de inflamação crônica
Resumindo, além da dosagem do colesterol total e frações, sabemos que existem pelo menos outros 30 indicadores de risco cardiovascular, que são pouco utilizados, e que poderiam, quando usados em conjunto, mostrar com muito mais precisão o verdadeiro grau de risco para doenças cardiovasculares.
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