Na Acupuntura existe uma relação entre a dor lombar e os Rins. Entenda como isso acontece.
Segundo a MTC (Medicina Tradicional Chinesa), o rim é o nosso gerador de energia. Toda nossa energia Yin e Yang dependem da energia do rim.
Modernamente poderíamos dizer que nossos rins se comportam como duas baterias, que armazenam nossa energia vital.
Assim como o fígado é o responsável pela circulação da nossa energia, o rim é responsável pelo armazenamento desta energia e pela nossa reprodução.
Como já foi dito, temos dois tipos de energia, uma adquirida, pela alimentação e pela respiração, e outra inata ou ancestral, que não é renovável e está armazenada nos rins.
O rim, ao contrário do fígado, não sofre tanto com as nossas emoções. Ele tem, porém, emoções que estão a ele associadas, tais como o medo, a insegurança, a timidez, o autoritarismo.
Se estas emoções forem prolongadas por muito tempo, ou muito intensas, podem levar a alterações da energia do rim.
A energia do rim amadurece entre os 7 a 8 anos de idade, por isso, até esta idade, é possível que a criança ainda não tenha o controle da urina e no plano emocional ainda existam os medos infantis.
A partir daí a energia do rim vai aumentando até chegar à sua plenitude por volta dos 30 a 35 anos, quando se inicia o processo de envelhecimento, energeticamente falando.
De forma geral, podemos dizer que se uma pessoa aparenta menos idade do que tem, está com a energia do rim preservada, se for o contrário pode significar duas coisas: ou tem energia ancestral insuficiente, ou gastou muito a energia do rim.
Em resumo, o rim é responsável por toda a nossa estrutura física e sua conservação.
O rim rege energeticamente várias estruturas, a saber, os ossos, a medula óssea, as articulações pequenas das mãos e dos pés, os tornozelos, os ombros junto com o fígado, o ouvido interno e a audição, os cabelos, as adrenais, os orifícios inferiores (uretra e ânus) e a estrutura física do cérebro.
Sabendo destas correlações, podemos compreender o porquê de algumas doenças estarem associadas à energia do rim.
Praticamente, todas as doenças dos ossos estão de certa forma associadas com a diminuição da energia do rim.
Normalmente se instalam junto com o processo de envelhecimento. Estão neste grupo a osteoartrite e a osteoporose, que normalmente vem acompanhadas de outras doenças, em função do desgaste da energia dos outros órgãos, e aí teremos associados a hipertensão, o diabetes tipo II entre outras.
O cabelo também é uma estrutura gerada pelo rim, e pela sua observação podemos avaliar como está energeticamente o rim da pessoa. A queda ou branqueamento precoce é um sinal de desgaste acentuado da energia que pode ser tratado, desde que seja no início do processo. O mesmo vale para as quedas periódicas que ocorrem em algumas pessoas, principalmente as mulheres, como no pós-parto. Estas quedas também coincidem com momentos de maior desgaste físico e ou emocional e também devem ser tratados para prevenir um quadro irreversível.
Outra função que também é regida pelo rim é a audição, juntamente com o ouvido médio. Temos duas patologias que são comuns: a otite e a hipoacusia (surdez).
As otites ocorrem mais em crianças e são devidas a uma imaturidade energética do rim associada a fatores externos como vento frio e umidade e calor, e por isso são mais comuns em crianças.
Tendem a desaparecer a partir dos 7-8 anos de idade, quando o rim atinge sua maturidade energética.
A hipoacusia, que é a diminuição da audição, costuma ocorrer nas pessoas de mais idade e tem sua origem na diminuição fisiológica da energia do rim. Portanto, a surdez do idoso não deve ser tratada apenas pela medicina natural, precisando dos recursos tecnológicos da medicina convencional.
A energia do rim, juntamente com a do fígado, rege o processo de gestação, do momento que vai da fecundação até a nidação na parede uterina, daí para frente atua também o baço-pâncreas.
De forma geral, pode-se dizer que a esterilidade e infertilidade estão energeticamente associadas a estes três órgãos.
Assim como a impotência e a frigidez, do ponto de vista energético, também estão ligadas ao fígado e rim.
A víscera acoplada ao rim é a bexiga e, diferentemente da vesícula biliar, não possui particularidades quanto aos aspectos emocionais, seguindo as mesmas características do rim, como medo e insegurança.
A nossa vitalidade de modo geral depende do quão forte é a nossa energia do rim, pois todo o processo de envelhecimento é comandado basicamente pelos rins; assim sendo, para se ter um envelhecimento saudável e com boa qualidade de vida devemos cuidar para que o desgaste da energia do rim seja lento e gradual.
A medicina atual nos mostra que o stress produz um desgaste das glândulas adrenais, que estão sobre os rins, pois elas têm que produzir muito cortisol. Os chineses antigos não sabiam das adrenais, e atribuíam este desgaste aos rins, como se vê eles tinham toda razão.
Assim como as emoções provocam o desgaste da energia do fígado, o excesso de trabalho (stress) provoca a diminuição da energia do rim. A primeira coisa, então, a fazer para equilibrarmos o rim é arranjar um pouco mais de tempo para descansar, não fazer nada.
Assim, você poderá ter um rendimento maior no seu trabalho. Outra coisa é evitar o frio e as coisas frias e os gelados, porque eles lesam o rim, mas, de vez em quando, você pode e deve tomar ou comer algo gelado.
Um sinal de alerta para a energia do rim é o desejo exagerado de sal ou comidas salgadas. Vale a regra, o pouco tonifica, o excesso lesa.
E por fim, se o rim estiver fraco devemos comer muitas raízes, de preferência cozidas, ou em sopas, o que é melhor ainda.
Texto extraído do livro “Mudança de Hábito Alimentar”.
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